Com um discurso centrado na ineficiência do governo da presidente Dilma Rousseff, aclamado por cerca de 3 mil pessoas num evento grandioso que marcou sua eleição como presidente do PSDB , o pré-candidato tucano Aécio Neves (PSDB-MG) marcou o inicio da guerra contra o que chamou de “lulopetismo”, de olho em 2014 . O legado do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi lembrado, para fazer o contraponto com o que chamou de desmonte dos pilares da estabilização econômica e democrática nos dois anos do governo Dilma.
Outro ponto importante para Aécio foi a pacificação entre mineiros e paulistas, com a festejada participação do ex-governador José Serra a seu lado, junto com Fernando Henrique, o governador Geraldo Alckmin e outras lideranças tucanas de São Paulo.
A presença de Serra foi vista como o fim das especulações de que poderia deixar o PSDB para disputar o governo de São Paulo e até a presidência da República pelo recém criado MD, de Roberto Freire.
No discurso, Aécio disse que o PT faz eventos pelo país para comemorar os dez anos no poder porque não tem nada para celebrar nos últimos dois anos no governo da presidente Dilma Rousseff. Segundo ele, o mandato dela é marcado por três aspectos: o baixo crescimento, chamado por ele de “pibinho ridículo”, inflação galopante e paralisia nas obras de infraestrutura.
- Os últimos dois anos foram de fracasso. No governo Lula, eles ainda foram beneficiados pela herança do governo Fernando Henrique – afirmou Aécio, arrancando aplausos da plateia.
Aécio afirmou que a missão do PSDB é tirar o país das garras do PT, o partido político que se “encastelou” no Palácio do Planalto. Por outro lado, o novo presidente do PSDB disse que o partido “se apresentará” no momento certo para a campanha eleitorial e que mostrará um projeto de governo no ano que vem.
Gabriela Valente, O Globo